Nestes tempos de crise em que nos encontramos, resolvemos fazer um teste comparativo, entre dois dos veículos utilitários mais antigos e mais económicos das nossas estradas. Assim, nesta crónica vamos comparar o robusto carro de bois com a versátil carroça de burro. Em termos de Design, ambas as viaturas são semelhantes, algo minimalistas no traço e apelando para robustez e fiabilidade em estrada. Ambas apresentam chassis em madeira, estando disponíveis já nalguns casos chassis parcialmente metálicos, apenas com alguns componentes em madeira. Se bem que em termos de potência, o ”carro de bois” apresente um valor substancialmente superior - 2 bois (não confundir com dois “boys”) comparativamente à carroça cuja potência se limita a 1 burro, verifica-se no entanto que, como o “carro de bois” é bastante mais pesado, essa potência superior não consegue ser colocada na chão, pelo que a carroça atinge velocidades máximas superiores 5km/h, comparativamente ao modesto valor de 1km/h do “carro de bois. As caixas de velocidades de ambos os modelos testados são semelhantes, pois ambos utilizam o tradicional chicote, bem secundados pelo assobio ou mesmo nalguns modelos mais populares pelo carismático vernáculo. Ambos os veículos apresentaram binários muito semelhantes, caracterizando-se por uma completa ausência de rotação do motor. A habitabilidade de ambos os veículos é bastante satisfatoria, sendo ligeiramente superior no “carro de bois” e caracterizando-se ambos por uma completa ausência de conforto, a que não será estranha a utilização se sistemas de suspensão com molas sobrepostas, sistema já utilizado desde a antiguidade clássica. Em termos de consumo a “carroça de burro” surpreendeu-nos com um excelente valor de 4 fardos de palha aos 100km, enquanto o “carro de bois” se apresenta mais gastador, com um valor de 10 de fardos de palha aos 100km. Em contra partida, o modelo mais ecológico é o “carro de bois” com uma emissão de poluentes de 0,3kg de bosta/km, enquanto que a “carroça de burro” nos desiludiu nos testes realizados, com o valor de 0,5kg de bosta/km. Ambos os modelos têm como ponto fraco a extrema pobreza de extras, e como ponto forte, o facto de ambos os modelos possuírem tectos de abrir permanentes e muito panorâmicos. O preço, duas agradáveis surpresas, 450€ a “carroça de burro” e 540€ o “carro de bois”, preços fornecidos pelo ACP (Associação de Carroças de Portugal).
Bem Vindo ao Blog "Papoilas Saltitantes". Este blog destina-se a analisar e comentar os diversos aspectos realmente importantes da vida e que são constantemente esquecidos e ignorados pelo "status quo" implantado. Assim destacam-se os assuntos relacionados com a ortodoncia, tribologia, entropia, entomologia, aquacultura sem esquecer claro o SLB. Avisa-se no entanto que o conteudo deste blog poderá ferir a susceptibilidade de pessoas com baixo nivel de colesterol e triglicéridos.
Papoilas Portuguesas
Lusos - Grupo de individuos com grau de utopia elevado
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Absolutamente interessante esta ideia. A Carroça de Burro parece-me ser muito interessante para ser utilizada no Turismo Rural, para passeios organizados. Empresários e Câmaras municipais deviam investir mais nas 'virtudes' dos burros.
ResponderEliminarPassear numa carroça de Burro faria a delicia das crianças, dos adultos e até dos idosos.
Uma bela ideia.
Ângela Chambel
Obrigado Ângela pelo simpatico "feedback", concordo que em tempos de crise (económica e ambienteal) nos deviamos voltar para alternativas mais ecológicas.
ResponderEliminarJoão Pinga