Papoilas Portuguesas

Papoilas Portuguesas
Lusos - Grupo de individuos com grau de utopia elevado

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A loja do Bin Laden














Este espaço na cidade de Lisboa é absolutamente incrível. Localizado no Parque das Nações, por baixo da Gare do Oriente, junto à saída do metro do Oriente. Esta pequena loja já me solucionou diversos problemas que tive com telemóveis. Tem a designação oficial de Gagan deep singh dhillon!!!... mas toda a gente a conhece como A loja do Bin Laden. Especializada na venda de telemóveis e respectivos acessórios, é no entanto conhecida pela sua excepcional capacidade de resolver avarias nestes equipamentos. Efectivamente, já por diversas vezes tive avarias nos meus telemóveis e quando me desloquei aos agentes oficiais dos mesmos, ou me disseram ou que o telemóvel não tinha arranjo, ou me deram orçamentos para a reparação com valores semelhantes à compra de um equipamento novo. De todas as vezes que isto aconteceu, desloquei-me à “Loja do Bin Laden” e não só me arranjaram os ditos cujos, como as quantias pagas pelo arranjo nunca excederam os 10 euros.
Há no entanto algumas regras básicas a considerar, quando nos deslocamos a esta simpática loja, se quisermos ter sucesso. A primeira regra é que não nos podemos intimidar quando entramos e deparamos com diversos indivíduos barbudos e de turbante (todos aparentemente iguais), que se encontram “petrificados” atrás do balcão. A sensação que temos, é que nos encontramos perante o Estado Maior da Al-Kaeda, com o Bin em posição de destaque e o Sandokan ao seu lado. Segunda regra, temos que ter a máxima das paciências na interacção com os lojistas. Efectivamente, é comum termos que esperar pelo menos quinze minutos até eles se dignarem sequer olhar para nós. Mas assim que esse contacto visual é estabelecido temos que ser implacáveis e fazer o nosso pedido. Terceira regra, nesta loja não existe o conceito de fila ou “cliente que chegou primeiro”, na realidade a ordem com que somos atendidos é completamente aleatória, exceptuando no caso de sermos conhecidos, pois nesse caso passamos à frente de toda a gente. Quarta regra, temos que nos abstrair de tentar perceber os diálogos entre eles, que interagem numa língua completamente incompreensível (para nós), e quando se nos dirigem as únicas palavras que articulam são interjeições correspondentes ao preço do arranjo. “Tréess éros”, são as palavras mais ouvidas neste confinado espaço. Quinta regra, é frequente termos que nos dirigir várias vezes a esta loja para recolher o nosso equipamento, pois normalmente nunca está pronto na primeira data que nos é dada. Conhecidas as regras, é aproveitar. Se tiverem uma avaria no telemóvel (mesmo em modelos descontinuados) o arranjo é garantido.
















domingo, 27 de fevereiro de 2011

Vinho do mês - Fevereiro 2011

Monte da Casteleja 2007 (tinto)


















Aqui fica a minha sugestão para o vinho do mês de Fevereiro de 2011. De uma região não muito reconhecida o Algarve. Um tinto produzido em agricultura biológica. Com excelente preço rondando os 9 euros é sem duvida uma óptima escolha.
João Pinga
 

“Foi em 2000 que Guillaume Leroux, luso-francês, decidiu voltar à terra da sua mãe para produzir um vinho reflexo dum trabalho de viticultor completamente controlado desde a plantação da vinha até à vinificação. Após uma experiência rica no Douro na Taylor’s, na Quinta do Côtto e do Tedo, decidiu plantar vinhas de Bastardo e Alfrocheiro em tintos e Arinto e Perrum em branco. Desde 2008 converteu as vinhas em agricultura biológica.
Este vinho provém de Bastardo (80%) e Alfrocheiro (20%), plantados em solos argilo-calcários e expostas a Sul. O ano 2007 foi um ano com um Inverno e Primavera pouco chuvosos, o que limitou o crescimento vegetativo da planta e por consequência os rendimentos. O verão foi ameno o que levou a uma maturação lenta e suave, preservando a complexidade aromática. Vinho com um nariz frutado e mentolado, toque de acidez volátil, bela textura de taninos com elegância em boca e boa persistência.”

Texto d’Os Goliardos
Rua da Mãe d’Água nº9

1250-154 Lisboa

Tel/Fax: (+) 351 213462156

 




quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Super Sanita


















“Escola do primeiro ciclo em Aveiro tem apenas uma sanita para 80 alunos”

Incrível esta noticia do jornal i. Refere que os pais dos alunos da escola do primeiro ciclo de Leirinhas em Aveiro, dizem que só há uma sanita disponível para as 80 crianças que frequentam o estabelecimento!...
"Temos crianças a urinar para os caixotes do lixo, porque só têm uma sanita que funciona", (sem comentários) !!!
Mas há mais! Ao que parece, das quatro sanitas disponíveis, só restam três, porque na semana passada um funcionário da Junta de Freguesia partiu uma sanita quando a tentava desentupir, e destas, duas já estavam entupidas.!!!!
Mas as frases do domínio do burlesco continuam, "As sanitas estão a entupir constantemente e quando isso acontece temos de chamar os funcionários da Junta de Freguesia para as desentupir". Bom, mas se julgam que o caso não poderia piorar mais, enganam-se pois este não é o único problema desta escola. Segundo a responsável da associação de pais, também não se encontram lavatórios nas casas de banho. "O único lavatório existente na escola encontra-se no recreio, localizado nas traseiras do edifício e não perto das casas de banho, nem tão pouco do refeitório".
Ora digam lá que isto não é um País divertido!...


Leilão

















Portugal prepara-se para voltar ao mercado na próxima quarta-feira para emitir dívida até mil milhões a curto prazo. Os valores a emitir variam entre 750 e mil milhões de euros, em duas linhas de Bilhetes do Tesouro, segundo informação do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP). O leilão, pretende colocar entre um mínimo de 300 milhões de euros em cada uma das linhas de Bilhetes do Tesouro a reabrir em Setembro deste ano. E pelos vistos ainda temos muita divida para vender! Mas o que acho estranho, é como é que ainda há quem compre. Porque se compram, no estado em que estamos, é porque não é um bom negócio para Portugal de certeza. Se não me engano, só este ano de 2011 já vamos no quarto leilão de divida.
Já sabemos também, que depois do leilão vamos ter o José Sócrates, a considerar a colocação de divida "um sucesso, qualquer que seja o parâmetro pelo qual se analise", como afirmou da ultima vez. O pior foi que dessa ultima vez, o Prémio Nobel da Economia Paul Krugman afirmou que a taxa de juro foi "ruinosa", alertando que "mais sucessos destes e a periferia europeia será destruída".
Bom! Já nem a vender divida nos safamos!...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Rapa o tacho!
















Que as empresas do Estado serviam para receber ex-ministros, ex-assessores, antigos chefes de gabinete e operacionais políticos do PS e PSD, após a sua saída do governo, já nós sabíamos. O que não tinha noção, era da dimensão deste escândalo. Com salários faraónicos, e com direito a várias regalias como carros, telemóveis e ajudas de custo, todos têm em comum o facto de pertencerem ao PS ou ao PSD e de terem passado pelo governo. Na maior parte dos casos sem qualquer conhecimento das áreas para que são nomeados nas empresas publicas, estes políticos ganham agora muito mais do que recebiam quando exerciam funções governamentais. Empresas como a CGD, PT, EDP. Galp e Ana servem para albergar estes "excelentes" profissionais. Verifica-se mesmo, que muitos destes ex-ministros, já conseguiram passar por várias destas empresas num curto período de poucos anos (Murteira Nabo, Faria de Oliveira, Mário Cristina e Armando Vara por exemplo). E alguns deles só não continuam a exercer as suas funções porque entretanto ou estão presos ou a aguardar julgamento (José Penedos e Armando Vara por exemplo)

Aqui fica a lista apenas de alguns dos mais conhecidos, e que ficaram marcados pelas suas fantásticas capacidades governativas (fonte DN).

Alguns do que já emprestaram a sua “competência” na CGD

Almerindo Marques  (1998-2002) – Cons. de administração da CGD
António de Sousa  (2000-2004) – presidente da CGD
António Vitorino  (2010) – pres. da assemb. geral CGD BCI Fomento
Carlos Tavares  (1992–1996) – vice-presidente da CGD
Celeste Cardona (2004-2005) – Cons. de administração da CGD
                            (2005-2010) – Cons. de admin. do BCI Fomento (grupo CGD)
Daniel Proença de Carvalho (2010-2011) – pres. da assemb.geral da CGD
Faria de Oliveira  (2008-2011) – Pres. da Caixa Geral de Depósitos
Murteira Nabo     (1986)- Admin-. delegado da CGD Imoleasing
Mário Cristina Sousa  (2002-2007) - Cons. de admin. da CGD Investimento
Luís Mira Amaral  (2002-2004) – vice-presidente e presidente da CGD
Armando Vara  (2005-2007) - Cons. de administração da CGD
Mário Lino  (2010–2011) – pres. cons. fiscal das seguradoras da CGD

Alguns dos que já exerceram a sua “competência” na EDP
António Mexia (2006-2011) – Presidente executivo da EDP
António Nogueira Leite (2010) – Cons. de Admin. da EDP Renováveis
Eduardo Catroga (2006-2010) – Conselho geral e de supervisão da EDP
Fernando Faria de Oliveira (2008-2010) – Cons. geral e de superv.da EDP
Jorge Oliveira Godinho (1978-1982) – Comissão intersindical da EDP
                                    (1998-2008) – Cons.Admin. EDP e pres. EDP Brasil
José Silva Lopes (2009-2010) – EDP Renováveis
Rui Pena (2008-2010) – Pres. da Assembleia Geral da EDP
Mário Cristina de Sousa (1982-1983) – Cons. de Administração da EDP
                                      (1998-2000) – Presidente da EDP

Alguns dos que já “vingaram” na PT
Almerindo Marques (1999-2002) – Cons. de administração da PT
António Vitorino (1998-1999) – Vice-pres. da PT Internacional
António Couto dos Santos (1996-2004) – Pres. Cons.Fiscal da PT TV Cabo
                                         (2002-2005) – Pres. Assem. Geral PT Lusomundo
Eduardo Correia de Matos (1996-2002) – Cons. Administração da PT
                                         (2003-2010) – Presidente da PT Brasil
Luís Todo Bom (1992-1996) – Presidente da PT
                         (2002-2006) - Cons. Admin. da PT Inv. Internacionais
                         (2010) – Inspector-geral e presi. do Cons. Consultivo da PT
Miguel Horta e Costa (1995-1996) – Presidente da PT
Franscisco Muteira Nabo (1996-2003) – Presidente da PT
Medina Carreira  (1997-1999) – Conselho de Administração da PT
- Armando Vara  (2005-2007) - Cons. Admini. da PT (não-executivo)

Alguns dos que já “geriram” a GALP
António Mexia  (2001-2004) – CEO da Galp
Daniel Bessa  (2006-2010) – Pres. do Conselho Fiscal da Galp
Daniel Proença de Carvalho  (2009) – Cons. consult. da Fundação Galp
Eduardo Oliveira Fernandes  (2005-2007) - Cons. de Admin. da Galp
Fernando Gomes  (2005-2010) - Cons. de Admin. da Galp
Joaquim Ferreira do Amaral  (2002-2005) – Chairmain da Galp
José Penedos  (2004-2006) – Cons.de Admin. da Galp
João Morais Leitão  (2001-2004) – Assembleia Geral da Galp
Francisco Murteira Nabo  (2005-2009) – chairman da Galp
Joaquim Pina Moura  (2004-2007) - Cons. de Admin. da Galp
João de Deus Pinheiro  (2000-2005) – Cons.de Admin. da Galp
Rui Machete  (2005-2007) – Pres. da Assembleia Geral da Galp












segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Daqui a 33 anos estamos todos presos!












Soubemos hoje, que a PSP de Lisboa deteve 137 pessoas, entre as 7h00 de sexta-feira e as 7h00 de hoje (2ª feira). Estranha, esta repentina super actividade da polícia neste fim-de-semana. Será uma greve de zelo? Independentemente do motivo desta súbita fúria “prisional”, se fizermos as contas verificamos que, se em três dias detiveram 137 pessoas, isso dá uma média de cerca de 46 pessoas por dia. Ora segundo a CM de Lisboa moram nesta cidade pouco menos de 565000 pessoas. O que quer dizer que a este ritmo, a PSP necessitaria de 12282 dias para prender toda a gente, ou seja necessitaria de 33 anos. Portanto atenção gente! Na melhor das hipóteses e a este ritmo, no máximo daqui a 33 anos estamos todos presos!...




sábado, 19 de fevereiro de 2011

GNR - Dunas: o clip original

Sala do Veado - Fridged














Já há algum tempo que este nome me intrigava – Sala do Veado. Tenho ouvido este nome diversas vezes nos últimos tempos. Intrigava-me a que poderia corresponder tão enigmático nome? Seria um qualquer espaço do Jardim Zoológico onde os animais desta família dos Cervidaes se socializam? Seria um qualquer bar gay na zona de Lisboa? Ontem não aguentei! Movido pela curiosidade, verifiquei a morada do espaço e dirigi-me ao mesmo. Situado na Rua da Escola Politécnica em pleno Museu de Historia Natural. À entrada, questionei a funcionária que vendia os ingressos para o Museu a que se devia este nome. Espante-se com a resposta “Não sei a que se deve o nome, mas é ao fundo à esquerda, depois do Dinossauros”. Depois dos Dinossauros?!... Intrigante resposta. Segui pelo caminho indicado e chegado ao espaço referido, perguntei agora ao funcionário que se encontrava à porta a que se devia a designação do espaço. Resposta mais uma vez incrível “Não, não sei porque se chama Sala do Veado, mas o seu bilhete por favor”. Entrei então nareferida Sala do Veado. Uma sala simples com acabamento em cimento semi-bruto e onde uma exposição de fotografias de Pedro Matos Soares intitulada FRIDGED se apresentava. As fotografias mostravam uma dualidade interessante, uma vez que retratavam faces de pessoas comuns e os seus respectivos frigoríficos. Bela ideia, plasticamente interessante sem grande espectacularidade. Constatei como os frigoríficos podem (como tudo) ser um reflexo da personalidade humana. Quanto à sala, posso agora desvendar mais alguns pormenores. Esta Sala do Veado é um dos diversos espaços com exposições temporárias do Museu Nacional de História Natural da Politécnica. Este espaço de 200m2 aberto em 1990 (celebrou recentemente os seus vinte anos) tem o seu nome no facto de antes do incêndio de 1978, esta sala se encontrar repleta de armários envidraçados e ter a meio da sala e em destaque o esqueleto de Megaloceros Gigantus. Ora este esqueleto apresentava uns cornos enormes (característica do bicho) abertos para os dois lados da cabeça, aparentando semelhanças com um enorme veado, dando assim origem à designação Sala do Veado. Esclarecidos? Pois então já podem ir ver a exposição!























































sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Que se passa com os Árabes?














Os últimos tempos têm sido incríveis no mundo árabe. Revoltas e conflitos do povo, puseram os governantes de há longo tempo a mexer. A coisa começou em Janeiro na Tunísia. Seguiu-se em Fevereiro o Egipto e agora é a vez da Líbia. Mas o que se passa com os Árabes? Sempre tão pacientes e simpáticos? Parece que perderam a paciência e fartaram-se de aturar maus governantes, corrupção e compadrio. A isso não será estranho, o facto do acesso à informação no século XXI (mesmo nestes países) permitir uma visão global do mundo. Efectivamente, não será indiferente a estas revoltas, o papel da Internet, Facebook, Twitter e HI5, associados a dificuldades económicas, desemprego e fome.
Aqui, aceitam-se apostas em relação a quais os próximos países árabes, onde as revoltas vão estalar. Eu por mim não me admiraria se Marrocos, Argélia, Jordânia, Síria e Portugal fossem os próximos a cair. O quê Portugal não é Árabe? Não é agora, mas já foi e há não muito tempo atrás!...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

i de inovador

















Já há algum tempo que leio o jornal i. Apesar de alguns (poucos) defeitos comuns a outros jornais, admito que actualmente é o jornal que mais gosto. Agrada-me especialmente o cuidado gráfico colocado em cada edição, bem como a forma clara e objectiva com que as noticias nos são apresentadas, fugindo do miserabilismo, da notícia “coitadinha”, do populismo e da má espectacularidade. Gosto também da secção desportiva (ou não fosse eu Português). Mas acima de tudo, parece-me um jornal inovador. Ora hoje este jornal está de parabéns. Venceu o prémio da Society for News Design (SND) para o "jornal mais bem desenhado do mundo". Os júris de jornais tão conceituados como o Die Zeit, The Seatle Times, Akzia, Ottawa Citizen e Poynter Institute elogiam a forma "fresca e original" que o i tem de olhar a informação. Referem ainda que "O i é composto como uma bela peça musical. Tem a disciplina para tocar apenas as notas mais altas, que mais importam," e ainda "O i faz o caminho entre a revista e o jornal com um equilíbrio perfeito. O seu formato tem a flexibilidade necessária que nos permite focar um dia nas notícias duras e no outro em artigos de fundo. As edições que vimos destacam uma história principal sobre um grande autor, num dia, e no outro, uma grande reportagem sobre o terramoto no Haiti. Encontrámos histórias contadas com sentido de urgência e de notícia, outras contadas com subtileza e humor."

Parabéns i !

http://www.ionline.pt/conteudo/104785-i-ganha-o-oscar-do-design-jornais

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Radares

















Pasme-se mais uma vez. Soube hoje que a antiga rede de radares de patrulhamento da costa marítima portuguesa (LAOS) foi desactivada porque enfrentava sucessivos problemas técnicos. Além disso, soube também hoje (uma má noticia nunca vem só) que a nova rede de radares (SIVICC), por sua vez, ainda não foi instalada! Mas calma, não há motivo para alarme, podemos estar sossegados, porque segundo o Ministério da Administração Interna o facto não é grave, pois ao que parece “os radares antigos já praticamente não funcionavam!!!”...
Então, por enquanto, a costa é guardada por dois (dos futuros 28) radares, por patrulhas e com recurso à observação feita com binóculos!... Por binóculos!!!.. francamente!...
Então se há falta de radares, não era possivel mandar as brigadas da BT para o mar??!!....

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Viva o Lítio!












Afinal há uma coisa em que somos bons, em quê? Na produção de Lítio. É verdade Portugal é o maior produtor europeu de lítio. Mas e para que serve o Lítio? Este metal (que é o mais leve metal existente no nosso planeta) serve para o fabrico de baterias dos PC’s portáteis, câmaras digitais, relógios e pensa-se que no futuro seja utilizado nas baterias dos carros eléctricos. Por isso a Nissan, a primeira marca a apostar na construção em massa dos novos veículos, vai instalar uma fábrica de baterias de lítio em território nacional. Bom mas então óptimo! Alguma coisa corre bem para variar em Portugal! Calma, não é bem assim. É que apesar de sermos os maiores produtores europeus desse metal, a Nissan terá de adquirir a matéria-prima nos mercados internacionais!!.. E porquê? É que o nosso lítio, que se extrai, a partir de certos tipos de rochas, vem agregado a outros metais, existindo dúvidas sobre a viabilidade financeira da sua separação e posterior utilização para o fabrico de baterias. Ora bolas! Agora que parecia tudo correr bem. Mas coragem, se calhar se estudarmos e desenvolvermos o assunto poderá estar aqui uma bela oportunidade para o nosso País.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Governo de Crise


















Numa altura em que o Bloco de Esquerda, anuncia que vai apresentar uma moção de censura ao governo, mostrando que, também os políticos do Bloco se comportam na política portuguesa como se estivessem num jogo de Poker, propomos um governo de crise. A situação é grave, necessitamos de personagens que já tenham dado mostras do seu carácter. E se estamos no ano do coelho, o coelho que preferimos é o Roger Rabbit como 1º Ministro, secundado por outros personagens, que em termos de competência não ficam atrás dos políticos do costume. Aqui fica a nossa proposta para o Governo:

Primeiro-Ministro – Roger Rabbit
Ministro das Finanças – Tio Patinhas
Ministro do Mar – Capitão Iglo
Ministro das Obras Públicas – Bob o Construtor
Ministro da Presidência – Rato Mickey
Ministro da Defesa – Recruta Zero
Ministro da Administração Interna - Dartacão
Ministro da Justiça – Superman
Ministro da Economia - Riquinho
Ministro da Agricultura – Ovelha Xoné
Ministro do trabalho – Manny Mãozinhas
Ministro do Ambiente – Abelha Maia
Ministra da Saúde – Druida Panoramix
Ministra da Educação - Popota
Ministro da Ciência Tecnologia e Ensino Superior – Prof. Pardal
Ministra da Cultura - Leopoldina
Ministro dos Assuntos Parlamentares – Garfield
Ministro dos Negócios Estrangeiros – Pantera cor-de-rosa

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Dia Europeu sem Cuecas







Desta vez não estou a brincar. Recebi uma mensagem, informando que vai ter lugar no próximo dia 1 de Junho o “Dia Europeu sem cuecas”!!!... Ao que parece, este movimento nascido em 1996 em França, pretende alertar a população para os problemas de infertilidade que o uso desta peça de roupa interior pode causar. Este dia, foi posteriormente adoptado pela Comissão Europeia em 2000, e é seguido em toda a Europa. Efectivamente, segundo vários especialistas “…a deficiência na produção de espermatozóides está relacionada com factores que vão desde o uso de cuecas à varicocele, que são varizes na bolsa escrotal”. Isto porque ao que parece “…os testículos precisam se manter 1ºC abaixo da temperatura do corpo, para não prejudicar a produção de esperma. Quando está frio, a bolsa escrotal contrai-se para manter a temperatura; no calor, relaxa-se. Por isso se diz que o uso de cuecas pode reduzir a fertilidade masculina: colada ao corpo, a bolsa escrotal aquece, e não consegue executar o vaivém defensivo.”
Bom, já estou esclarecido. Mas agora me lembro! Então mas o dia 1 de Junho não é o Dia Mundial da Criança? Então quem teve a ideia de no dia 1 de Junho, celebrar simultâneamente o Dia Mundial da Criança e o Dia Europeu sem Cuecas? Francamente no mesmo dia?!... Não sei porquê mas acho que isto tem qualquer coisa de pedófilo!

http://www.facebook.com/event.php?eid=140261692684603

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Romance?












O Ministro dos Assuntos Parlamentares de um determinado país, dá uma entrevista a um jornal onde “defende a redução do número de deputados da Assembleia da República” desse mesmo país. De seguida, o líder parlamentar desse mesmo partido do governo, dá uma entrevista onde recusa liminarmente essa proposta, afirmando que o seu partido (o do governo) "não tenciona apresentar nem viabilizar qualquer projecto no sentido de diminuir o  numero de deputados", dizendo ainda que o seu  partido (que é do governo) "tem consciência que isso pode provocar problemas sérios de representação de vários segmentos da nossa vida política e do território nacional". Entretanto, o líder parlamentar do principal partido da oposição, escreve uma carta ao tal ministro dos assuntos parlamentares do governo do país e ao referido líder parlamentar do partido do governo, pedindo uma reunião de urgência para trabalharem numa proposta conjunta, uma vez que esse partido que é da oposição (mas que nos últimos anos também esteve no governo) “defende desde há muitos anos que o número de parlamentares deve ficar próximo do limite inferior inscrito na Constituição ou, esclareceu mais tarde, mesmo no limite inferior”!!! Imediatamente o líder parlamentar do partido do governo salta para a frente e “deixa o recado ao (seu) governo e ao principal partido da oposição, que mesmo que seja apresentado um projecto, a bancada do partido do governo chumbará”. Confusos? Não é caso para isso, é só um argumento de romance de 2ª!

Pasta Medicinal Couto














Nos tempos em que a má-língua impera, lembrei-me da famosa Pasta Medicinal Couto. Hoje em dia, de nome Pasta Dentífrica Couto, pois também ela foi vitima de directrizes comunitárias em 2001, que lhe proibiram a utilização do termo ”medicinal”. Este produto português, nascido na década de 30 do século passado por Alberto Ferreira Couto, que em conjunto com um seu amigo dentista, criou esta pasta dentífrica, registada pela primeira vez no Porto em 13 de Junho de 1932. Este produto português, apostou também de uma forma pioneira, nos anos 60 do século XX, numa actividade que dava os primeiros passos em Portugal, a publicidade. Efectivamente o slogan “A Pasta que anda na boca de toda a gente”, ficará para sempre ligada e este produto. Também o spot publicitário, de um homem a fazer andar à roda uma cadeira agarrada pelos dentes, ainda hoje é lembrado por todos os que viveram essa época. Enfim, um produto tipicamente português que hoje relembramos, numa altura em que a má-língua impera e a higiene da linguagem oral, precisaria de um poderoso anti-séptico. É uma pena que a Pasta Medicinal Couto não continue na boca de toda a gente!


Pasta Medicinal Couto

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Como gastamos o dinheiro do estado?


Ultimamente têm surgido vários livros em que os autores se dedicam a estudar, analisar, escalpelizar e comentar o modo como o estado gasta o (nosso) dinheiro dos contribuintes. Não deixando de ser uma matéria importante e primordial neste tempo de crise, Não deixo de estranhar que no entanto ainda ninguém se tenha dedicado a estudar "a maneira como nós gastamos o dinheiro do estado”!... Um estudo profundo deste tema seria também um contributo importante para a análise da situação económico-financeira do Pais. É típico dos Portugueses, pensar que nós só temos direitos e esquecemos os nossos deveres para com a sociedade em geral e para com o estado em particular. Efectivamente, se alguém se dedicasse a analisar os gastos supérfluos, que nós contribuentes desbaratamos no nosso dia-a-dia, penso que coraríamos de vergonha. Por exemplo, quantas vezes não compramos medicamentos comparticipados pelo Estado, que na realidade não necessitamos ou que muitas vezes deixamos passar de prazo de validade sem utilizar completa ou parcialmente, esbanjando deste modo recursos do estado que poderiam ser aplicados noutros serviços? Quantas vezes não fazemos aquele exame médico caríssimo (para o estado) mas que a nós nos fica por pouco mais que o valor de uma sandes de presunto, sem que na realidade ele fosse realmente necessário? Quantas vezes nas cantinas das nossas escolas as crianças (e os adultos) não desperdiçam parte das refeições, esquecendo-nos nós que o estado comparticipa parcialmente essa alimentação? Já para não falar no que acontece com a comparticipação das deslocações dos doentes a tratamentos e a consultas distanciados das suas residências (o valor que muitas vezes é pago ao quilómetro) e que algumas entidades (como alguns bombeiros por exemplo) dão voltas desnecessárias, gastando tempo e combustível para que a comparticipação seja superior? E se analisarmos o quê se passa com o programa e-escola e e-escolinha, onde o estado comparticipa fortemente na compra de computadores para crianças, computadores esses que ficam a preços ridículos mesmo para famílias com posses e que quantas vezes não são sequer utilizados ou são maltratados pelas crianças? Concluindo, é altura de ajudarmos o estado a poupar e a racionalizar recursos e não ajudar a esbanjar.


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O Sol e o Mar da Paiã














Passava eu ali na zona da Paiã junto a Odivelas, quando vi uma miragem alucinante. Um edifício de grandes dimensões com traça arquitectónica Chinesa moderna (reconheci o estilo porque estive recentemente na China) apareceu-me repentinamente na berma da estrada. O edifício, era complementado por uma edificação tipo estátua de duas mãos em ferro colocada a grande altura, em frente ao edifício. Receei estar com alucinações ou a ter visões, mas tranquilizei-me porque não tinha bebido nenhum copo de água em nenhuma esquadra da polícia recentemente. Parei o carro, e qual não é o meu espanto quando verifiquei que era uma Mega loja chinesa de nome”Sol Mar”. Esta enorme loja, dispunha inclusive de estacionamento subterrâneo para viaturas!.. Pasme-se. Entrei na loja e verifiquei que dispunha de dois pisos. No piso térreo, os artigos dispostos eram maioritariamente roupas e calçado e acessórios de moda. O que impressionava no entanto era a dimensão da loja, muito superior às maiores lojas chinesas que conheço. Passei de seguida ao piso superior. Aqui, todo o tipo de artigos que normalmente encontramos numa loja chinesa eram apresentados. Desde detergentes, perfumes, tapetes utensílios de cozinha e de limpeza, acessórios de informática, enfim o costume. Mas o que me deixou completamente siderado, foi a agressiva estratégia de Marketing apresentada nesta loja. Efectivamente grande parte dos artigos encontravam-se não em prateleiras, mas espalhados e amontoados pelo chão!...  Reparem no que isto provoca no consumidor. Este fica com a ilusão que o que está exposto é lixo, pelo que no seu subconsciente associa a preços muito baixos para estes artigos, aumentando deste modo a vontade de adquirir o produto. Consumindo assim desenfreadamente. Pois é, concluo que estes comerciantes chineses não brincam em serviço!





quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O Presidente Reformado


Presidente da República abdica do salário enquanto Chefe do Estado, mas opta pelos dez mil euros mensais da reforma.

A noticia já não é de hoje, mas não deixa de ser surpreendente. O nosso presidente, Aníbal Cavaco Silva decidiu prescindir do seu vencimento, enquanto Presidente da República, no valor de 6523 euros, para passar a receber apenas as suas pensões, que totalizam cerca de dez mil euros mensais. Bom, mas então duas questões se colocam. Primeiro, porque apenas o anunciou agora, logo após as eleições e não antes? Poderia ter sido importante para os portugueses eleitores, saber que o (na altura) candidato se propunha passar a ser um mero reformado na presidência. Efectivamente, não tenho a certeza, mas Portugal deve ser um caso raro onde o responsável máximo da Nação não é remunerado pela sua função, vivendo “apenas" da sua reforma. Bom, sem dúvida há que louvar, pois ao contrário do que dizem as más-línguas, não há de certeza aqui nenhum aspecto “economicista”, de procurar receber a verba mais avultada das duas disponíveis (uma vez que a lei exige que se receba apenas uma das verbas). Não! Tenho a certeza que a intenção do Presidente, é apenas dar o exemplo a todos os reformados do País, mostrando-lhe que eles (reformados) podem ainda ser pessoas validas e activas na sua cidadania (não sei porquê, mas esta palavra cidadania desde as ultimas eleições passou a martelar-me a cabeça). Mas então e o aspecto ético desta questão? Será ético, alguém exercer uma função, não ser remunerado para a mesma, mas receber uma reforma que por definição é paga apenas quando ”Um funcionário por ter completado a idade regularmente fixada, por doença ou por incapacidade física foi dispensado do serviço” (dicionário Porto Editora) e receber essa reforma apenas porque o valor a receber é mais elevado? E porque é que o valor das reformas é mais elevado? Porque não foi objecto dos cortes devido à crise. Incrível não é? Mas ainda há mais. Podemos questionar-nos de que serviços foi dispensado o Cavaco, que já não serve para os mesmos, mas serve para Presidente da Republica, o cargo mais alto da Nação? Não seria mais lógico o Presidente receber o seu ordenado como presidente, enquanto exercer essa função e depois de terminar o mandato, então sim optar pela sua reforma? Depois admiram-se de nós portugueses sermos como somos, os exemplos vêm de cima!...