Papoilas Portuguesas

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Lusos - Grupo de individuos com grau de utopia elevado

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O Último Adeus
















Lisboa está mais pobre. Eu diria mesmo, Lisboa está muito mais pobre. “Lá está ele outra vez escrever sobre a Crise” dirão alguns (muitos). Mas não, hoje não me refiro à Lisboa económica e financeira, mas sim à Lisboa Humana. Á Lisboa das pessoas, dos sítios, dos seus habitantes, dos que cá moram mesmo que temporariamente. E porque é que está mais pobre? Porque faleceu um dos seus símbolos. Não, não me refiro a nenhum ex-presidente de Câmara, ou ex-deputado, ou Politico, ou médico ilustre, ou advogado conceituado, mas sim à anónima e carismática personagem do “Senhor do Adeus”. Aquela simpática figura que estava quase todas as noites na zona das Picoas, normalmente na esquina do Saldanha com a Fontes Pereira de Melo. Não sei o seu nome, nem sequer alguma vez lhe falei. Mas muitas vezes lhe respondi ao simpático aceno, de dentro do meu carro ou quando passava a pé, especialmente nos anos 90 quando estudava no Técnico. Muitas vezes me perguntei “Porque acenará ele?”. Mas agora percebo a pergunta de deveria fazer era “Nos dias de hoje, como consegue ele ainda acenar?”

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