Papoilas Portuguesas

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Lusos - Grupo de individuos com grau de utopia elevado

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Pelo toque da viola…
















Se estávamos na dúvida sobre as qualidade de Pedros Passos Coelho como politico e na sua real capacidade para ser primeiro-ministro e governar Portugal, essas duvidas dissiparam-se ontem em Vila Nova de Milfontes. À chegada a um almoço de campanha para as legislativas, Passos Coelho foi recebido com cantares alentejanos, que ouviu em silêncio e com atenção. No entanto, no fim da cantoria Passos Coelho achou que era a altura certa para fazer um discurso que irá sem dúvida marcar o futuro destino de Portugal. Num rasgo de rara inteligência, percebendo pelo perfil dos presentes e pelo desenrolar dos acontecimentos, que seria melhor entendido se cantasse o seu discurso, Passos Coelho dirigiu então em melodia as seguintes palavras de uma visão patriótica estadista única:
“Pelo toque da viola já sei as horas que são, ainda não é meia-noite já passei um bom serão". Fantástico! Veja-se a oportunidade destas palavras, com a subtil referência às horas, chamando sem dúvida a atenção para o facto de ser necessário passarmos a trabalhar mais tempo, de acordo com as simpáticas indicações já sopradas pela Chanceler alemã Angela Merkel.
Mas não contente, Passos Coelho continuou e disse ainda "Já passei um bom serão, vai dormir, vai descansar". Mais uma vez simplesmente genial! Pasme-se na visão verdadeiramente estratégia e estadista deste político, com a indicação da importância do trabalho nocturno no desenvolvimento futuro do País, mas sem se esquecer de referir a importância de um bom descanso após a jornada laboral.
Para terminar não quis deixar de cantarolar ainda “Vai dormir, vai descansar, amor do meu coração” numa referência única a esse verdadeiro flagelo que afecta a população portuguesa que são as doenças do coração, não deixando deste modo Passos Coelho de deixar uma palavra amiga para todos aqueles que sofrem desta doença.
Perante este discurso, arrebatador, genial e de uma visão estratégica digna de um iluminado político, acham que era mesmo necessários termos chamado a Troika?!...

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